Métodos construtivos de Reservatórios Estruturas.
Índice
De
acordo com a localização no terreno:
De
acordo com a localização no sistema:
Normas
de construção de um Reservatório
Introdução
A
água percorre um longo caminho até chegar às residências, sendo a garantia da
qualidade da mesma, no momento em que entra no sistema de abastecimento de água
interno das edificações, dever dos profissionais que projetam e executam as
instalações hidráulicas.
Neste
trabalho vou abortar questões relacionas com os reservatórios de águas, como a
sua finalidade, métodos de construção, tipos de reservatórios, suas formas e as
normas usadas para sua construção.
Reservatório
é uma estrutura construída pelo homem, seja ela escavada, elevada ou apoiada
com finalidade de armazenamento de água.
Objetivo
geral:
·
Métodos construtivos de
um Reservatório Estrutural.
Objetivos
específicos:
·
Normas que se usam para a
construção de um reservatório;
·
Classificação de um
reservatório.
Definição
e Finalidades
Os reservatórios são unidades hidráulicas de
acumulação e passagem de água, situados em pontos estratégicos do sistema de
modo a atenderem as seguintes situações:
•
Garantia da quantidade de água (demandas de equilíbrio, de emergência e de
anti-incêndio);
•
Garantia de adução com vazão e altura manométrica constantes;
•
Menores diâmetros no sistema e
•
Melhores condições de pressão.
Classificação
De
acordo com a localização no terreno:
• Enterrado (quando completamente
embutido no terreno);
• Semi-enterrado ou Semi-apoiado (altura
líquida com uma parte abaixo do nível do terreno;
• Apoiado (laje de fundo apoiada no
terreno);
• Elevado (reservatório apoiado em
estruturas de elevação); e
• stand pipe (reservatório elevado
com a estrutura de elevação embutida de modo a manter contínua o perímetro da
secção transversal da edificação).
Os tipos mais comuns são os
semi-enterrados e os elevados. Os elevados são projetados para quando há
necessidade de garantia de uma pressão mínima na rede e as cotas do terreno disponíveis
não oferecem condições para que o mesmo seja apoiado ou semi-enterrado, isto é,
necessita-se de uma cota piezométrica de montante superior à cota de apoio do
reservatório no terreno local.
Desde que as cotas do terreno sejam
favoráveis, sempre a preferência será pela construção de reservatórios
semi-enterrados, dependendo dos custos de escavação e de elevação, bem como da
estabilidade permanente da construção, principalmente quando a reserva de água
for superior a 500 m3. Reservatórios elevados com volumes superiores implicam
em custos significativamente mais altos, notadamente os de construção, e
preocupações adicionais com a estabilidade estrutural.
De
acordo com a localização no sistema:
• Montante (antes da rede de
distribuição) e
• Jusante ou de sobras (após a rede).
Os reservatórios de montante caracterizam-se pelas seguintes
particularidades:
• Por ele passa toda a água
distribuída a jusante;
• Têm entrada por sobre o nível
máximo da água e saída no nível mínimo; e
• São dimensionados para manterem a
vazão e a altura manométrica do sistema de aduções constantes.
Os reservatórios de jusante
caracterizam-se pelas seguintes particularidades:
•
Armazenam água nos períodos em que a capacidade da rede for superior a demanda simultânea
para complementar o abastecimento quando a situação for inversa; e
•
Reduzem a altura física e os diâmetros iniciais de montante da rede; têm uma só
tubulação servindo como entrada e saída das vazões.
Métodos
de construção
Formas
deslizantes
As formas
deslizantes são modelos de estruturas destinadas para construções altas e
desenvolvidas por meio do concreto armado. Essas formas oferecem um trabalho
contínuo e sem a necessidade de desmontagem no decorrer da construção. Este
processo consiste em formas deslizantes de alturas variadas, que
deslizam por todo o decorrer da estrutura já construída.
Ao
contrário do sistema trepante, no qual a desforma só pode acontecer após a cura
do concreto, a dinâmica de concretagem é mais rápida com as fôrmas deslizantes
e a espera pelo tempo de pega do concreto é menor. Passado esse período – cerca
de três horas após a concretagem a fôrma sobe mais 20 cm ou 30 cm e uma nova
concretagem é feita. Assim, o ciclo se repete de forma muito mais veloz e em
turnos ininterruptos de 24 horas.
Isso
faz com que as fôrmas deslizantes sejam mais utilizadas em obras com
cronogramas apertados. Em contrapartida, em comparação com as fôrmas trepantes,
o sistema deslizante normalmente exige maior consumo de cimento e aditivos no
concreto, o que tende a tornar a solução mais cara.
Após
a desforma, recomenda-se realizar imediatamente a cura química. Quando a
superfície do concreto se tornar mais resistente, pode-se fazer a cura úmida
com jatos de água.
Características
do sistema
Um
sistema de fôrmas deslizantes é composto, basicamente, por quatro elementos: 1)
painéis, que podem ser produzidos em madeira e revestidos de chapa galvanizada
ou serem totalmente metálicos; 2) cavaletes metálicos, que fixam as fôrmas
internas e externas, garantindo assim a geometria da peça; 3) equipamento
hidráulico para içamento e 4) andaimes de armador e pedreiro fixados aos
cavaletes metálicos e elevados junto com a fôrma. Os painéis são compatíveis
com as dimensões da estrutura a ser executada. A rigidez do conjunto se dá por
vigas horizontais fixadas aos painéis. Já a união entre os vários painéis
ocorre por meio de cambotas (emendas das vigas horizontais).
Figura1.Forma
Deslizante
Montagem das
fôrmas
Após
a armação da estrutura, a fôrma interna é posicionada e suas partes são unidas.
Em seguida são fixados os cavaletes, cuja função é garantir a posição entre as
fôrmas interna e externa e fixá-las aos macacos hidráulicos.
Os
macacos hidráulicos são então fixados nas travessas superiores dos cavaletes.
Pelos macacos passam barras de ferro que, por sua vez, são apoiados na
estrutura de concreto, normalmente, o bloco de fundação. A fôrma externa e,
finalmente, posicionada e fixada aos cavaletes.
As
fôrmas deslizantes não utilizam andaimes nem escoramentos nas paredes
verticais, o que proporciona ao construtor uma grande economia. “Só nesse
ponto, em comparação com as fôrmas tradicionais, temos uma redução de mão de
obra e tempo de execução em torno de 80%”.
Forma Trepante
As
fôrmas trepantes surgem para atender altas estruturas de concreto verticais
quando é preciso realizar mais de uma concretagem. Esses locais costumam ser
inviáveis para a instalação de andaimes. No geral, as fôrmas trepantes são
amplamente adaptáveis a diferentes geometrias e garantem maior precisão nos
ajustes de prumo e de alinhamento, além de aumentar a produtividade e reduzir o
uso de cimentos e aditivos.
A
concretagem de uma construção feita pelo sistema de formas
trepantes é feita in loco e por etapas. Pelo sistema de formas
trepantes o avanço da obra acontece verticalmente e de forma gradual. Para
isso, formas são apoiadas em plataformas, que são fixadas com o uso de parafusos
ou barras nos pontos concretados anteriormente.
O sistema
de formas trepantes é muito utilizado para construção de obras de
infraestrutura, sendo alguns exemplos dessas construções: reservatórios de água
feitos com concreto armado, mastros de pontes e viadutos, pilares, paredes de
concreto muito elevadas, barragens para hidrelétricas, entre outras
construções.
Figura2.
Forma Trepante
Normas
de construção de um Reservatório
ABNT
NBR 5626:1998
Esta Norma estabelece exigências e
recomendações relativas ao projeto, execução e manutenção da instalação predial
de água fria. As exigências e recomendações aqui estabelecidas emanam
fundamentalmente do respeito aos princípios de bom desempenho da instalação e
da garantia de potabilidade da água no caso de instalação de água potável.
ABNT
NBR 10283:2018
Esta Norma especifica os requisitos e os
métodos de ensaio para os revestimentos das superfícies aparentes de metais e
plásticos sanitários utilizados nas instalações hidráulicas prediais.
ABNT
NBR 15705:2009
Esta Norma especifica os requisitos
mínimos e os métodos de ensaios para os registros de gaveta destinados a
instalações hidráulicas prediais de água fria ou quente.
ABNT
NBR 13714:2000
Esta Norma fixa as condições mínimas
exigíveis para dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio,
bem como as características, dos componentes de sistemas de hidrantes.
ABNT
NBR 5649:2006
Esta Norma fixa os requisitos exigíveis
para aceitação e recebimento de reservatórios de fibrocimento para água
potável.
ABNT
NBR 5590:2015
Esta Norma estabelece os requisitos
exigíveis para fabricação e fornecimento de tubos de aço-carbono, com ou sem
solda longitudinal, pretos ou galvanizados, para condução de fluidos não
corrosivos sob pressão e aplicações mecânicas, sendo também aceitável para uso
comum em linhas de vapor, água, gás e ar comprimido.
Referências
Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR
5626: Instalação Predial de Água Fria. Rio de Janeiro:
ABNT,
1996.
AUGUSTO,
G. R. P.; GUIMARÃES, L. A. M.; SILVA. J. A.
Proposta
de Manual Técnico com Diretrizes para Projeto e Execução de Reservatórios em
Edifícios Residenciais. Universidade Santa Cecília, 2016.
https://www.gerform.com.br/sistema-formas-trepantes
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=346426
ANA,
Cuidando das águas: soluções para melhorar a qualidade dos recursos
hídricos.
Agência Nacional de Águas; Programa das
Nações Unidas para o Meio
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