ATERROS SANITARIOS, água pluvial, captação de águas pluviais, sustentabilidade.
Índice
2.Águas
pluviais e o seu aproveitamento
2.1.Vantagens
e desvantagens do aproveitamento das águas pluviais
2.2.Áreas
a aproveitar água pluvial
3.Aproveitamento
de água pluvial e controle de enchentes
3.1.Sistemas de drenagem urbana
3.2.Técnicas
de implantação de sistemas de drenagem
3.2.1.Reservatórios para controle de
cheias
3.2.2.Sistema
de colecta da água da chuva
5.Discussão
e resultados esperados
LID-Low Impact Development
SUDS-Sustainable Urban Design System
WSUD-Water Sensitive Urban Design
BMP-Best Management Practices
IMP-Integrated Management Practices
1.1.Resumo
Este artigo levanta questões relacionadas ao aproveitamento de águas
pluviais para o uso doméstico em que a potabilidade não seja extremamente
exigente, esperando consciencializar a população sobre práticas que visam o
reaproveitamento de água. Desse modo, a pesquisa desenvolve mecanismos
apresentando possíveis soluções para a escassez da água em simultâneo o controle das enchentes nas zonas urbanas.
Palavras chave: água
pluvial, captação de águas pluviais, sustentabilidade.
1.2.Introdução
O artigo desenvolvido neste
trabalho tem como finalidade propor práticas sustentáveis de aproveitamento de
águas pluviais com vista a redução de escassez e controlo de enchentes em
centros urbanos, e a metodologia desse artigo baseia-se em uma pesquisa bibliográfica,
incidindo em consulta de publicações de autores ligados a área de estudo.
Através dessa consulta
bibliográfica, foi possível colher conhecimento sobre o ponto de situação sobre
a problemática de falta de água e possíveis soluções se baseando na água
pluvial, através de estudos previamente publicados. Esperáramos contribuir no
desenvolvimento desta área de estudo e que de alguma forma desperte o interesse
na conservação e aproveitamento de água.
A água é um recurso essencial à
vida e a sobrevivência dos seres vivos podendo ser abundante em algumas regiões
do planeta, mas, em outras, chegando a ser quase inexistente.
Segundo (WHO, 2006 apud Hagemann)
citado por Oliveira et al, apesar de
o Planeta Terra possuir a maior parte de sua superfície coberta por água,
quando se fala em água disponível para o consumo humano os dados são
alarmantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 97,5% da água no
planeta é salgada e a água doce corresponde a 2,5%.
Aproximadamente 70% da água doce
está nas calotes polares e 30% está presente nos continentes. No entanto, menos
que 1% da água dos continentes está directamente acessível ao uso humano, o que
corresponde a 0,007% do total de água na terra. Além disso, grande parte da
água disponível em fontes superficiais encontra-se com sua qualidade
deteriorada. (HAGEMANN, 2009 citado por Oliveira et al).
Vários países já enfrentam o
problema da falta de água. Segundo a Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e Alimentação (FAO, 2008 apud Hagemann) citado
por Oliveira et al,
o consumo de água tem crescido mais que duas vezes a taxa de crescimento da
população no último século. A previsão para o ano de 2025 é que cerca de 1,8
bilhões de pessoas viverão em países ou regiões com absoluta escassez de água e
dois terços da população mundial enfrentará dificuldades relacionadas à
disponibilidade desse recurso.
Moçambique não é um País que
sofre menos pela escassez da água, desse modo medidas urgentes que visam o
aproveitamento ao máximo de águas pluviais como alternativa para combater esse
fenómeno são enseciais. Por essa razão, espera-se que este artigo contribua
para disseminação de práticas de conservação com vista a redução de escassez de
água, usando tecnologias acessíveis para o efeito.
Ho: O
aproeitamento de águas fluviais traz melhorias no combate a enchentes e
escassez de água em centros urbanos.
Ha: O
aproeitamento de águas fluviais não traz melhorias no combate a enchentes e
escassez de água em centros urbanos.
1.4.Objectivos
1.4.1.Objectivo geral
O objectivo geral desse trabalho
é descrever os diferentes métodos de captação de água pluvial não potável para
fins de uso doméstico, procurando um enquadramento nas condições nacionais (no
clima, viabilidade económica, topográfica e ambiental), contribuindo na redução
de danos pelo excesso e carência deste líquido.
1.4.2.Objectivos
específicos
·
Analisar o estado
actual de aproveitamento de água pluvial em Moçambique;
·
Identificar métodos de
captação mais comuns usados no País e no mundo e o seu desempenho no processo
de colecta da água
·
Descrever as
vantagens e desvantagens do aproveitamento de água pluvial não potável em uso
doméstico
2.Águas pluviais e o seu aproveitamento
Em
Moçambique, com o aumento da densidade populacional, mudanças climáticas,
degradação ambiental o consumo e a procura de água potável tem sido excessiva e
intensa, e tem se demonstrado como sendo um recurso cada vez mais escasso, não
conseguindo cobrir a demanda em que ela é procurada.
Por
outro lado a expansão urbana tem afectado a permeabilidade dos solos, criando
enchentes nas cidades pela redução da taxa de infiltração da água no solo e
consequentemente o aumento do escoamento superficial.
A água pluvial pode ser
armazenada de várias formas, desde açudes e lagoas até caixas de água, reservatórios
e cisternas com paredes impermeabilizadas e cobertas. As primeiras podem apresentar
maiores perdas por infiltração e evaporação. Para além disso, não mantêm a
qualidade da água uma vez que existe o risco de introdução de matéria orgânica
e outras substâncias. As segundas têm a vantagem de terem menores perdas e de,
eventualmente, de manter a água com maior qualidade (Perdomo et al.,
2005 citado por Oliveira, 2008).
Estas
soluções são, também, usadas na captação de água superficial em sistemas
públicos de abastecimento, no entanto a outra escala, afastadas dos locais de
consumo e incluindo processos de forma a garantir a sua qualidade para consumo
humano (Oliveira, 2008).
2.1.Vantagens e desvantagens do aproveitamento das águas pluviais
A
captação de água pluvial é uma técnica largamente difundida em países como a
Austrália e a Alemanha que permite a obtenção de água de boa qualidade, de
maneira simples e eficaz (Perdomo et al., 2005 citado por Oliveira, 2008).
Esta
técnica permite (Almeida et al., 2006; Perdomo et al., 2005;
Philips, 2005, citados por Oliveira, 2008):
·
Contribuir para a conservação da água;
·
Reduzir a dependência
que existe das reservas de água subterrânea que quando sobre exploradas
esgotam;
·
Reduzir o consumo de
água da rede pública e o custo associado;
·
Reduzir os custos de
exploração dos sistemas de abastecimento de água;
·
Evitar a utilização
de água potável em usos compatíveis com qualidade inferior, como por exemplo,
na lavagem de pavimentos, rega de hortas e jardins, etc. ;
·
Contribuir para
controlar as inundações, armazenando parte da água responsável pelo escoamento
superficial.
As tecnologias necessárias para a captação e
armazenamento de água pluvial são normalmente simples de instalar e de fácil
utilização. A população local pode facilmente ser treinada para implementar
essas tecnologias e os materiais de construção ou soluções prontas a instalar
estão disponíveis no mercado (GDRC, 2005; citado por Oliveira, 2008).
No que diz respeito a desvantagens, estas estão sobretudo
associadas à variabilidade temporal da precipitação (GDRC, 2005; citado por Oliveira, 2008) e à qualidade
da água que se não for devidamente tratada poderá pôr em causa a saúde humana e
o funcionamento das componentes do sistema. Segundo Baptista et al. (2001) citado
por (Oliveira, 2008), o aproveitamento de água pluvial deve ter um tratamento
adequado (filtração e desinfecção) mais ou menos exigente consoante a qualidade
da água e o uso a que se destina. Outras desvantagens podem ser nomeadamente, a
aceitabilidade social devido ao contacto das pessoas com a água poder afectar a
sua saúde e o sistema poder implicar um investimento significativo e alguma
manutenção. De uma forma geral, os impactos negativos destas aplicações são
negligenciáveis.
2.2.Áreas a
aproveitar água pluvial
A captação das águas pluviais para aproveitamento em usos
não potáveis pode ser realizada em
diferentes instalações, incluindo as residenciais,
comerciais ou industriais.
Em geral, as águas pluviais podem ser utilizadas nos
seguintes usos:
·
Descarga de
autoclismos;
·
Lavagem de pavimentos e de veículos
motorizados;
·
Rega de jardins;
·
Lavagem de roupas.
Em instalações de maiores dimensões, como as industriais
ou comerciais, podem considerar-se
outros usos compatíveis, nomeadamente:
·
Arrefecimento de
telhados, equipamentos e máquinas;
·
Serviços de limpeza;
·
Descarga de autoclismos;
·
Combate a incêndios;
·
Rega de espaços
verdes;
·
Lavagem de veículos;
·
Lavagem de roupas,
por exemplo em hotéis e lavandarias;
3.Aproveitamento de
água pluvial e controle de enchentes
3.1.Sistemas
de drenagem urbana
Segundo (Santos e Mamede, 2013), os sistemas de drenagem
urbana fazem parte do conjunto de melhoramentos públicos existentes em uma área
urbana, quais sejam: redes de abastecimento de água, de colecta de esgotos
sanitários, de cabos de transmissão de energia, de serviços de comunicações,
além da iluminação pública, pavimentação de ruas, guias e passeios, parques,
áreas de recreação e lazer. Alheia a sua importância, historicamente, as obras
relacionadas à drenagem urbana, devido ao impacto que causam na sua implantação
e por não serem “visíveis”, não despertam o interesse da classe política.
Basicamente, o sistema de drenagem pode ser considerado
como composto por dois sistemas distintos, que devem ser planejados e projectados
com critérios diferenciados. São os sistemas de micro drenagem e de macro
drenagem.
O sistema de micro drenagem, ou de drenagem inicial, é
aquele formado pelos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo,
galerias de águas pluviais e também canais de pequenas dimensões. Esse sistema
é dimensionado para o escoamento de águas pluviais cuja ocorrência tem um
período de retorno de até 10 anos. Quando bem projectado, elimina praticamente
os alagamentos na área urbana, evitando as interferências entre as enxurradas e
o tráfego de pedestres e de veículos, e danos às propriedades.
O sistema de macro drenagem é constituído, em geral, por
estruturas de maiores dimensões, projectado para cheias cujo período de retorno
deve estar próximo de 100 anos. Quando este sistema não é projectado, ele
existe naturalmente, pois as cheias escoam pelas depressões topográficas e
pelos cursos de água naturais. Se a área urbana não se desenvolver de forma
coerente com essas condições, são grandes os riscos de prejuízos materiais, e
mesmo de perdas de vidas humanas.
Os sistemas de drenagem e manejo de águas pluviais
proporcionam benefícios importantes quando bem projectados. A aquisição de
dados e informações para o planeamento dos sistemas e o exame prévio dos
problemas de operação e manutenção futura destes sistemas é fundamental para o
sucesso do empreendimento. Nestas fases, o emprego da tecnologia é fundamental,
desde a obtenção de dados hidrológicos confiáveis, levantamentos
planialtimétricos precisos, bem como definição da tecnologia a ser utilizada no
controle dos sistemas projectados, os quais poderão ter comando centralizado,
utilizando telemetria e perfeitamente integrado aos demais sistemas de serviços
da cidade.
No sistema de drenagem urbana convencional, as águas
pluviais são escoadas pelas sarjetas das ruas, captadas pelas bocas de lobo e
levadas às galerias de águas pluviais. Nem sempre é necessária a existência de
galerias, porque as sarjetas também têm capacidade de esgotamento; assim, a
construção da galeria só se faz necessária quando a vazão escoada pela sarjeta
se torna inconvenientemente volumosa, prejudicando o tráfego de veículos e
pedestres ou inundando propriedades próximas.
No sistema de drenagem urbana sustentável é promovido o
retardamento e o tratamento das águas das enxurradas, incluindo uma ou mais das
seguintes estruturas: pisos permeáveis, valas de infiltração/filtração,
trincheiras filtrantes, bacias de detenção (piscinões), entre outras. Estas acções
apresentam menor impacto ambiental e menor custo de implantação, sendo
descritas com maior detalhe nos itens seguintes.
3.2.Técnicas de
implantação de sistemas de drenagem
As principais técnicas de implantação de sistemas de
drenagem sustentável são conhecidas pelas siglas LID, SUDS, WSUD, BMP e IMP.
Basicamente, cada técnica procura restabelecer a hidrologia natural da região,
através da gestão das águas pluviais nas proximidades do local de incidência,
ao invés de usar apenas os métodos tradicionais de drenagem (Mamede et al, 2013).
Ainda em uma escala reduzida, algumas técnicas compensatórias
poderiam ser implantadas em Moçambique, tais como:
· Tetos Verdes, que são telhados armazenadores, compostos por vegetação ou
por britas e seixos, favorecendo a arquitectura paisagística e ainda
contribuindo para o conforto térmico da edificação;
·
Jardim de Chuva, que
consiste em um canteiro abaixo do nível de calçada, com plantações de flores e
árvores, permitindo o escoamento da água pluvial através da infiltração no
solo, diminuindo a vazão das redes de drenagem;
·
Trincheiras de Infiltração,
que são estruturas formadas a partir de aberturas de valas e emprego de
materiais auto drenantes, como pedras de mão, brita e areia. São recomendados
em vias públicas e estacionamentos;
·
Pavimento Permeável,
que é uma óptima solução em estacionamentos e vias públicas de tráfego leve,
possuindo diversos formatos, cores e padronagens, sendo um recurso
ecologicamente correcto e ainda favorecendo a beleza do paisagismo; e
·
Poço de Infiltração,
que é uma abertura no solo com preenchimento de diferentes tamanhos de pedras,
visando melhoras as condições para infiltração, podendo ser implantados em
pequenas áreas.
Em complemento às técnicas de drenagem sustentável, a
captação e acumulação da água da chuva, em grande escala, para posterior reuso
em sistemas não potáveis, pode contribuir significativamente para a redução da
carga nos sistemas de drenagens convencionais, durante a ocorrência de chuvas
torrenciais, sendo, ainda, uma importante opção para o uso racional deste
importante insumo (Mamede et al,
2013).
3.2.1.Reservatórios
para controle de cheias
Os reservatórios para controle de cheias, chamados
popularmente de "piscinões", são estruturas que funcionam para
detenção ou retenção de águas pluviais e têm finalidade de reduzir o efeito das
enchentes em áreas urbanas. Os piscinões são grandes reservatórios que retardam
a ida da água das chuvas para o esgoto pluvial, que é o responsável por
escoá-la para os rios. Com esse atraso, o volume de água circulando na rede diminui,
evitando o transbordo. Estes reservatórios podem armazenar água tanto ao ar
livre como em pátios cobertos no subsolo de áreas urbanas. O escoamento pode
acontecer por gravidade, passando por telas e comportas, ou por bombeamento. O
maior sistema de drenagem do mundo foi construído para o controle de inundações
na cidade de Tóquio, Japão. O G-Cans Project tem cinco reservatórios subterrâneos
conectados por uma tubulação de 6.400m e 10m de diâmetro, enterrada a 50m de
profundidade. Na época das chuvas, quatro reservatórios recebem a água excedente
dos rios da cidade de Saitama, nos arredores de Tóquio.
A água é desviada para um reservatório final, com 65m de
altura e 32m de diâmetro. Este reservatório possui altura equivalente a um
prédio de 22 andares. Deste reservatório, a água passa para um reservatório com
capacidade para 340.000m3.
O teto deste reservatório é sustentado por 59 pilares de
50 toneladas cada e, fora da época das chuvas, está área pode ser visitada por
turistas. A partir de comando centralizado em um moderno centro de operações,
dez turbinas bombeiam a água para o rio Edogawa, que está localizado a uma
altitude mais baixa, nos arredores da capital japonesa.(Mamede et al, 2013)
Figura 1: Sala de Controle do projeto G-Cans, em Saitama,
Japão (Mamede et al, 2013)
Em Moçambique já existe aplicação na construção de
"piscinoes" para reservava de água pluviais, embora não esteja sendo
usada no consumo em todos casos por várias razões, ao menos contribui para
redução na taxa de enchentes verificados nos bairros como mostra o exemplo na
figura a seguir.
Figura 2: Reservatório de contenção de enchentes, Maputo
(Google Earth)
3.2.2.Sistema de colecta da água da chuva
Para a colecta da água da chuva é necessária a instalação
de condutores horizontais, condutores verticais, dispositivos para filtragem,
descarte da água de limpeza do telhado e materiais grosseiros, e reservatório
de armazenamento da água. Estes componentes serão abordados abaixo, como também
ilustra a figura 3.
Figura 3. Esquema de coleta de água da chuva com reservatório de
autolimpeza.
Fonte:
Tomaz (1998).
Áreas de captação
As áreas de captação da
água da chuva são geralmente telhados, lajes ou áreas Impermeáveis como
estacionamentos, calçadas e pátios.
É mais comum a captação da água dos telhados, por
apresentar melhor qualidade, visto que áreas sobre a superfície do solo geralmente
sofrem a influência directa do tráfego de pessoas e veículos. A captação em
telhados também possibilita que na maioria dos casos a água atinja o
reservatório de armazenamento por gravidade, o que facilita o projecto.
O material do qual é constituído o telhado é importante
para a definição do coeficiente de escoamento superficial, que determina quanto
da água precipitada se transforma em escoamento (Christmann et al, 2014).
Calhas e tubulações
A condução das águas
precipitadas sobre as coberturas da instalação predial pluvial usualmente é
feita por meio de calhas, condutores, grelhas, dentre outros componentes, que
podem ser encontrados em diversos materiais, porém os mais utilizados são em
PVC e metálicos (alumínio e aço galvanizado). As secções das calhas possuem as
mais variadas formas, dependendo das condições impostas pela arquitectura, bem
como dos materiais empregados na confecção das mesmas.
Após a água escoar pelas calhas, os tubos de queda, ou
verticais, conduzem as águas das calhas às redes colectoras que poderão estar
situadas no terreno ou presas ao teto do subsolo no caso dos edifícios e/ ou
pavimentos, ou despejar livremente na superfície do terreno (Christmann et al, 2014).
Tratamentos
O tipo e a necessidade de tratamento das águas pluviais
dependerão da qualidade da água colectada e do seu destino final. As
concentrações de poluentes, e outras impurezas nas águas pluviais são maiores
nos primeiros milímetros da chuva, assim recomenda-se principalmente a
filtração simples, e um procedimento que é denominado de auto limpeza da água
da chuva (Christmann et al, 2014).
Cisterna: reservatório de armazenamento para a água da
chuva
O reservatório de armazenamento tem a função de reter e
acumular a água captada pelo telhado, que é conduzida pelo sistema através da
calha para filtragem e armazenada em cisternas ou caixas d’água, ficando
armazenada ao abrigo da luz e do calor e é bombeada para uma caixa d’água
superior, que pode abastecer o banheiro, a lavandaria etc (Christmann et al, 2014).
Figura 6. Processo de captação da água da chuva (Christmann
et al, 2014).
De acordo com May (2004) a
viabilidade do sistema depende basicamente de três factores: precipitação, área
de colecta e demanda. O reservatório de água da chuva, por ser o componente
mais dispendioso do sistema, deve ser projectado de acordo com as necessidades
do usuário e com a disponibilidade pluviométrica local para dimensioná-lo correctamente,
sem inviabilizar economicamente o sistema. Baseado nos resultados das análises
realizadas e na utilização do sistema de colecta e aproveitamento de água da
chuva, seu uso para fins não potáveis deve ser estimulado.
A cisterna pode ser
apoiada, semi-apoiada, enterrada ou elevada, e ser construída com diferentes
materiais, como: concreto armado, blocos de concreto, alvenaria de tijolos,
aço, plástico, poliéster, polietileno e outros (Christmann et al, 2014).
4.Considerações
finais
Este trabalho mostra que com mudanças simples nas políticas
de concepção de estruturas hidráulicas é possível trazer alterações
significativas na vida das populações no âmbito de conservação e controle de
enchentes e em simultâneo trazendo alternativas no consumo não potável de água.
Dessa forma, o aproveitando águas pluviais nas zonas
urbanas do país através da reservação da mesma pode ser um caminho sustentável
face a demanda excessiva desse precioso líquido, devendo se consciencializar a
população sobre cultura de conservação da água que os impactos positivos que
possa ter no ambiente.
5.Discussão e
resultados esperados
Com base no levantamento bibliográfico empregado na
construção do trabalho pode-se detectar que apesar de vários estudos
relacionados ao tema, a água, que representa o bem mais importante adquirido do
meio ambiente e de fundamental importância para a sobrevivência dos seres
vivos, é consumida frequentemente de forma inadequada.
Diante da escassez de água potável, é necessário, a
conscientização da população referente à maneira correcta de utilização da
água, onde o desperdício não pode ocorrer, e encontrar novas formas de captar,
armazenar e aproveitar a água. A água da chuva está disponível na grande
maioria das regiões, e por isso sua captação pode resolver problemas como as
enchentes nas cidades e a ameaça de conflitos sociais pela água.
6.Referências
bibliográficas
Oliveira, Christmann S.; Pierezan J. APROVEITAMENTO, CAPTAÇÃO E (RE) USO DAS
ÁGUAS PLUVIAIS NA ARQUITETURA, 2014.
Cohim E.;Garcia A. & Asher Kiperstok.
CAPTAÇÃO E APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE
CHUVA:dimensionamento de reservatórios.
Mamede B., Santos
L.; AUTOMAÇÃO EM DRENAGEM PLUVIAL E CONTROLE DE ENCHENTES: APROVEITAMENTO
DAS ÁGUAS NOS GRANDES CENTROS URBANOS, 2013.
Tomaz, P. (2003). Aproveitamento de água de chuva para áreas urbanas e fins não potáveis. São Paulo. Navegar
Editora.
HAGEMANN, Sabrina E. Avaliação da qualidade da água da
chuva e da viabilidade de sua captação e uso. 2009. Disponível em <
http://w3.ufsm.br/ppgec/wp-content/uploads/Sabrina_Elicker_Hagemann_Disserta%C3%A7%C3%A3o_de_Mestrado.pdf
>.
Comentários
Enviar um comentário